O Botão do Pânico Virtual, criado para auxiliar na proteção de mulheres com medidas protetivas vigentes, poderá estar disponível em todo território paranaense até o final de julho. Segundo informações da Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Paraná, a  destinação dos botões continuará dependendo da análise de magistrados, assim como é feito hoje. A expansão deste projeto para todo o estado foi iniciada a partir da aprovação da Lei 18.868 em 2016,  que estabeleceu as  diretrizes para implantação de "botão do pânico". 

O Botão do Pânico foi criado para agilizar o acionamento em caso de violação de medida protetiva e incorporado ao aplicativo 190 PR . O recurso já está em funcionamento em algumas cidades, incluindo a Capital e é  resultado do trabalho integrado entre o Tribunal de Justiça, a Assembléia Legislativa, a Secretaria da Justiça, Família e Trabalho (Sejuf) e a Polícia Militar, com apoio da Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação (Celepar). A tecnologia foi desenvolvida para dar um suporte às mulheres com histórico de violência doméstica para que receba um atendimento mais rápido, evitando mais violência e dano à vítima. Mais de 200 atendimentos foram realizados pelo sistema. 

Como funciona - Para obter o serviço, a pessoa deve instalar o aplicativo 190 PR, disponível para download gratuitamente para Android e IOS. Durante o processo de instalação é necessário fazer um cadastro com dados pessoais e inserir o documento da medida protetiva. Depois ao iniciar o aplicativo haverá um botão vermelho, o qual ao ser acionado gera um atendimento de emergência ao local da vítima, baseado na localização do smartphone do solicitante. Com esse recurso será possível enviar um áudio ambiente da situação para o Centro de Operações Policiais Militares (COPOM)  para que a equipe policial já tenha detalhes da ocorrência antes mesmo de chegar ao endereço. A inovação deve agilizar o atendimento, já que não será necessário preencher dados ou fazer uma ligação ao 190 para solicitar uma viatura, pois todas as informações do usuário  estarão previamente cadastradas no aplicativo, bem como a medida protetiva e a identificação do agressor.